Desmistifique o aprendizado e estude com eficiência
1 – Tirar nota máxima não é sinônimo de aprendizado.
Muitas vezes nos sentimos desanimados, desmotivados e frustrados porque analisamos nossa vida como estudante e nos deparamos com uma prova que nos questiona aquilo que deveríamos saber. Foram anos de estudo, de sala de aula, de leitura, noites e madrugadas estudando para provas. Até mesmo aquelas matérias nas quais éramos bons, hoje parece que não sabemos nada. Isso porque a gente passou muito tempo estudando para provas, fazendo provas e esquecendo tudo logo em seguida. O conteúdo não foi retido, não foi absorvido. Você não aprendeu! Quer dizer então que o professor não soube me ensinar? Não, nem sempre isso é verdade. Na maioria das vezes o ensino é bom, mas o aprendizado não. Isso é fruto de falta de organização. Não há aprendizado, não há retenção de conteúdo sem ORGANIZAÇÃO.
2 – Não há formulas mágicas para que sua vida estudantil seja eficiente
Constantemente observamos ofertas de palestras, livros, cursos que prometem fórmulas mágicas para realização de provas e aprendizado. Muita coisa divulgada nesse sentido carrega bons ensinamentos, mas a maioria dessa literatura se esquece da individualidade, da singularidade humana. Somos seres únicos, com mentes muito diferentes, com necessidades e limitações diferentes. Portanto, ESQUEÇAM estes manuais de sobrevivência. Dêem valor àqueles que prezam pela ajuda na sua organização, em métodos cujas rotinas sejam capazes de se adaptar ao seu perfil.
3 – Aula dada, aula estudada.
Assistir a uma aula não é sinônimo de aprendizado. Aula existe para que você ENTENDA o conteúdo, para que você receba as informações que serão processadas pelo seu cérebro POSTERIORMENTE. Você somente aprenderá o que entendeu em uma sala de aula quando você mostrar ao seu cérebro que aquilo que você ouviu, escreveu e leu é importante. Como? Revendo, estudando, relendo, refazendo, fazendo exercícios SOZINHO, sem interferência externa. Se você for apenas um ótimo “assistidor” de aulas, certamente não terá sucesso no aprendizado.
- a) O lugar deve ser silencioso (quarto, biblioteca, sala de aula etc.), confortável e que tenha uma certa atmosfera de estudo. Evite estudar comendo alguma coisa, ouvindo músicas que comprometam a concentração (vale aqui música instrumental suave). Deixe apenas do seu lado um copo e uma jarra com água fresca para que você não precise se levantar.
- b) Estabeleça períodos rígidos de estudo. O tempo é você quem determina, mas evite ficar menos que 30 e mais que 50 minutos, prevenindo a dispersão e a falta de concentração. Descanse por 10 minutos entre estes períodos.
4 – Nunca falte às aulas.
Por mais chata, entediante que seja a aula, a matéria ou o professor, assista à aula. A figura do professor é fundamental para que seu cérebro sinta-se amparado, assistido, mesmo que você tenha convicção que já sabe a matéria. Além disso, o ENSINO praticado em sala de aula faz você economizar tempo tentando fazer isso sozinho em casa. Dedique o tempo de casa para o APRENDIZADO.
5 – Procure escrever durante as aulas
Mas cuidado! É comum o aluno copiar a lousa do professor desnecessariamente. Exceto quando o educador oriente você a fazer isso, NÃO COPIE A LOUSA. Escrever durante a aula é FAZER ANOTAÇÕES próprias, tirar conclusões, destacar dúvidas, grifar coisas importantes. Um hábito muito positivo é dar nomes ao tema central da aula, rotular aquilo que está sendo ministrado.
6 – Converse com o professor
No intervalo, no final da aula, sempre que possível questione, tire dúvidas, peça esclarecimentos. Todo bom educador faz isso com satisfação e não há nada mais saudável que ter suas dúvidas resolvidas ali, no ambiente de aula. Se não for possível, anote sua dúvida e traga-a para a próxima aula e sugira ao professor que, se julgar útil, coloque sua dúvida em sala.
7 – Não se distraia na aula
Foque sua atenção no professor. Olhe para o que ele faz, preste atenção aos seus movimentos, olhe seus olhos e siga sua orientação. Os educadores treinados saberão a hora de descontrair a sala, de uma forma agradável e que não comprometa a ministração do conteúdo. Confie no seu mestre, acredite no que ele fala. Seu cérebro se sentirá acolhido e confortável para receber as informações. Assim você ensina o seu cérebro que o professor que está ali na frente é a pessoa ideal para realizar o seu sonho.
8 – Não deixe para estudar tudo na véspera da prova. Estude todo dia.
Não há sucesso no aprendizado sem a continuidade. Nosso cérebro precisa se exercitar, precisa se sentir exigido. Todos nós somos instintivamente levados a fazer qualquer coisa através do menor esforço. Não deixe sua mente cair nessa, mostre a ela que estudar não é fácil e que exige esforço. Evite a preguiça mental. Além disso, deixar para estudar tudo próximo da prova é ineficiente. Você não terá tempo para rever tudo, isso te gerará um estado de ansiedade e estresse tão intensos que a resolução da sua prova será um desastre. Véspera de prova é para REVISAR CONTEÚDO APRENDIDO, relembrar coisas importantes.
9 – Jamais vire a noite estudando na véspera da prova
Esta atitude é o maior sinônimo de fracasso. Você ficará com sono e seu cérebro estará cansado na hora da prova. Quando você estuda muito próximo da realização da prova, as informações daquele dia ficam retidas em uma área do cérebro chamada de memória de curta duração. Nesta área, as informações ainda não estão fixadas e o esquecimento de algum arquivo de memória acontece muito rápido, ainda mais se você estiver cansado. Portanto, noite de véspera de prova é para DORMIR e DESCANSAR.
10 – Alimente-se bem antes da prova.
Mas, cuidado! Comer bem não significa comer muito. Quando estamos pensando precisamos de uma grande quantidade de sangue irrigando nosso cérebro e ingerir alimentos pesados vai exigir sangue para a digestão, desviando a maior parte dele para a área digestiva. O resultado é a sonolência, a preguiça mental. Portanto, coma alimentos integrais (pão integral, arroz integral, barras de cereais integrais, que liberam açúcar lentamente no sangue, gerando energia constante para que seu cérebro possa trabalhar por mais tempo de forma ativa.
11 – Leia toda a prova antes de responder
Ler a prova não significa ler tudo com atenção concentrada. “Passar os olhos” por todos os enunciados fará seu cérebro despertar para a ação de pensar, ou seja, você estará fazendo um aquecimento da sua capacidade cognitiva. De forma inconsciente, você acabará absorvendo os principais tópicos que serão exigidos, fazendo com que seu cérebro comece a ativar as áreas onde aquelas informações estão armazenadas. Outra razão importante desta primeira leitura é que o momento de maior estresse do candidato é quando ele recebe a prova e este é o pior momento para você começar a responder a prova. Você está ansioso, os batimentos cardíacos acelerados e seu cérebro vazio.
12 – Faça uma organização prévia da prova
Depois de ler os enunciados, retire 10 minutos do tempo que ainda resta para a realização da prova e divida este tempo pelo número de questões. Gerencie este tempo e evite ficar mais que o tempo determinado para cada questão, QUANDO ESTA GERAR MUITA DÚVIDA. Quando isso acontecer, vá para outra questão e volte, no final da prova, àquelas questões que ficaram pra trás. Isso é muito útil para que você gaste seu tempo em questões que você sabe resolver e que são mais fáceis. A reserva do tempo de 10 minutos é para que você tenha tempo para revisão e preenchimento do gabarito
13 – Atenção para os verbos
Ao ler qualquer enunciado, preste muita atenção aos verbos. Eles são muito utilizados pelos examinadores para testar a perspicácia do candidato, ou seja, buscam saber se você presta efetivamente atenção quando lê.
14 – Resolva as questões mais fáceis.
Não canse o seu cérebro. A motivação gerada pela certeza do acerto faz você ficar menos ansioso, baixa seus batimentos cardíacos, transmite a sensação de confiança e conforto. Além disso, você economiza energia, que utilizará para a resolução das questões mais complexas.
15 – Questões discursivas – Esquematize
Não comece a responder às questões discursivas de forma desorganizada. É muito comum, depois de escrever boa parte da resposta, você se lembrar de algo importante que deveria ter escrito. Portanto, leia a questão uma vez, como se fosse um texto qualquer. Depois, leia novamente destacando os pontos importantes, principalmente quando ela traz perguntas no enunciado. Depois deste destaque, crie tópicos (na margem da prova ou nos rascunhos, quando permitidos) colocando-os em ordem, como em uma redação.
16 – Sempre revise a prova antes de passar para o gabarito
Muitas vezes, pequenos erros por falta de atenção, provocados pelo estresse inicial de uma prova, são descobertos na revisão. Outro fator importante é o resgate de certas informações importantes que, na hora da resolução, ainda poderiam não estar ativos no seu cérebro.
17 – Gabarito a lápis
Quando permitido o uso, marque suas respostas no gabarito inicialmente a lápis e somente após a revisão final assinale com caneta esferográfica.
18 – O chiclete
Na maioria dos casos o chiclete é um grande aliado da sonolência e da preguiça mental. O ato de mastigar chiclete estimula o nervo trigêmeo, que fica na região do maxilar. Esse nervo tem ligação com áreas do cérebro responsáveis por mantê-lo acordado. Além disso, enquanto você mastiga, envia ao cérebro a informação de que está se alimentando e ele mantém o seu corpo alerta para terminar essa suposta refeição.
19 – Respiração
Aproveite para fazer um exercício de respiração, de forma a oxigenar melhor o cérebro: sentado, inspire profundamente por quatro segundos. Prenda a respiração por mais quatro segundos. Expire em outros quatro segundo. Repita três ou quatro vezes.